Gritar, responder e libertar - Dia Mundial dos Pobres

17/11/2019



"«A esperança dos pobres jamais se frustrará» (Sal 9, 19). Estas palavras são de incrível atualidade. Expressam uma verdade profunda, que a fé consegue gravar sobretudo no coração dos mais pobres: a esperança perdida devido às injustiças, aos sofrimentos e à precariedade da vida será restabelecida.

O salmista descreve a condição do pobre e a arrogância de quem o oprime (cf. Sal 10, 1-10). Invoca o juízo de Deus, para que seja restabelecida a justiça e vencida a iniquidade (cf. Sal 10, 14-15)."

Essas foram as palavras iniciais do Santo Padre em sua mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, que foi instituído como fruto do Ano Santo da Misericórdia. De forma simples e clara, o Papa ressalta três verbos no decorrer de sua mensagem: "gritar, responder e libertar", de modo a ouvirmos o chamado de tantos irmãos que precisam, vivendo as Obras de Misericórdia. Não só ouvir, como também dar assistência e estimular a solidariedade, trazendo uma mudança profunda, seja corporal ou espiritual.

Inúmeras vezes somos noticiados com famílias que são obrigadas a deixar suas terras para adquirir uma condição de vida melhor em outros lugares, e muitas das vezes, pessoas são encontradas mortas por não conseguirem fazer essa travessia, deixando ali o sonho de uma vida melhor. Algumas, por sua vez, são vítimas de várias formas de violência, desde a prostituição às drogas, e humilhadas no seu íntimo. Não podendo nos esquecer dos milhões de migrantes vítimas dos interesses ocultos, muitas vezes instrumentalizados para o uso político.

Aproximando-se dos pobres e mais necessitados, a Igreja entende seu propósito como um povo espalhado pelo mundo que tem como objetivo fazer com que ninguém se sinta marginalizado, independente de sua situação. A condição dos pobres obriga a não se afastar do Corpo do Senhor que sofre neles. Antes, pelo contrário, somos chamados a tocar a sua carne para nos comprometermos em primeira pessoa num serviço que é a autêntica evangelização. A promoção, mesmo social, dos pobres não é um compromisso convencional ao anúncio do Evangelho, pelo contrário, manifesta o realismo da fé cristã e a sua utilidade histórica. O amor que dá vida à fé em Jesus não permite que os seus discípulos se fechem num individualismo sufocante, oculto nas pregas duma intimidade espiritual, sem qualquer efeito de influir na vida social, mas sim abraçarmos a postura do Senhor e vivermos para servir, não para sermos servidos.


Por fim, sejamos verdadeiros cristãos da Igreja de Cristo e vivamos realmente a nossa fé transformando as vidas de nossos irmãos através das Obras de Misericórdia:

  1. A) Obras de Misericórdia corporais:

1) Dar de comer a que tem fome;

2) Dar de beber a quem tem sede;

3) Dar pousada aos peregrinos;

4) Vestir os nus;

5) Visitar os enfermos;

6) Visitar os presos;

7) Enterrar os mortos.

  1. B) Obras de Misericórdia espirituais:

1) Ensinar os ignorantes;

2) Dar bom conselho;

3) Corrigir os que erram;

4) Perdoar as injúrias;

5) Consolar os tristes;

6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;

7) Rezar a Deus por vivos e defuntos.

Diego Francisco Cândido   
Leonardo Teixeira dos Santos
Pastoral da Comunicação   


Leia a Mensagem completa do Santo Padre, o Papa Francisco para o III Dia Mundial do Pobre.


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